O dia 26 de setembro de 2025 foi marcado por uma dinâmica curiosa nos mercados: em vez da esperada explosão de volatilidade com o vencimento dos contratos futuros e opções de setembro, o Bitcoin passou a sexta-feira em um range estreito, oscilando entre 108,5 mil e 109,7 mil dólares.
| O movimento acontece logo após a forte queda da quinta-feira, quando o BTC perdeu suportes técnicos importantes e desencadeou mais de 1 bilhão de dólares em liquidações. Esse sell-off refletiu tanto fatores macroeconômicos quanto a pressão dos derivativos, que chegaram a níveis históricos de exposição.
De fato, os dados de mercado mostram que o Open Interest agregado em opções de Bitcoin atingiu a marca recorde de mais de 100 bilhões de dólares, revelando o grau de institucionalização e alavancagem atual do mercado cripto. Esse OI elevado explica por que o preço ficou “travado” em torno da faixa dos 110 mil dólares durante todo o pregão: os ajustes de hedge dos dealers e o chamado max pain dos contratos exerceram força magnética sobre a cotação.
O contraste é evidente: em um dia que normalmente seria marcado por movimentos bruscos e squeezes, prevaleceu a lateralização, reflexo de um mercado saturado em derivativos e em compasso de espera para a abertura dos contratos de outubro. |
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Enquanto isso, no mercado tradicional, o ouro voltou a testar a máxima histórica pela manhã, mas a tentativa de rompimento foi retraída durante a tarde, em meio à oscilação do dólar e dos rendimentos dos Treasuries. O metal precioso permanece próximo ao topo, mas sem conseguir consolidar um novo avanço.
Assim, a sexta-feira fecha com um retrato emblemático: um Bitcoin contido no último dia de vencimentos, preso pelo excesso de contratos abertos, e um ouro que, mesmo forte, ainda busca forças para consolidar novas máximas.
⚠️ Aviso
Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.
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