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domingo, 7 de dezembro de 2025 às 1:47
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Nesta análise, vimos que o Bitcoin desafia o Setembro vermelho, mes que costuma carregar a fama de ser um mês difícil para o mercado crypto. Historicamente marcado por correções e fechamentos negativos, neste 2025, o mercado contrariou a estatística: o BTC encerrou o período com alta de 5,4% (a terceira melhor marca da história), sustentando uma trajetória que reforça a maturidade do ativo e o peso dos fluxos institucionais via ETFs. Ao longo do mês, vimos dias de forte volatilidade, com o open interest atingindo patamares recordes, mas a lateralização em momentos críticos foi resolvida com força compradora, mostrando que o perfil do mercado atual é bem diferente do que se via no passado.

O Ethereum acompanhou esse movimento em tom positivo, ainda que com menor intensidade, refletindo tanto o avanço da narrativa de tokenização quanto a seletividade dos fluxos. O ETH não disparou como o Bitcoin, mas manteve o sinal verde em setembro e consolidou sua posição como segundo pilar do setor cripto. Fora do universo digital, o ouro chegou a renovar máximas históricas no início do mês, mas devolveu parte dos ganhos conforme o dólar ganhou tração, terminando praticamente neutro. Já o S&P 500 viveu semanas de rotação setorial e ajustes diante das expectativas de cortes graduais de juros pelo Federal Reserve, fechando o mês próximo da estabilidade, sem roubar a cena do protagonismo que esteve claramente em criptoativos.

Assim, setembro/2025 fica marcado como um ponto fora da curva: em um mês em que o mercado esperava fraqueza, especialmente no Bitcoin, o que se viu foi resiliência e avanço. O fechamento positivo reforça a percepção de que a dinâmica atual, sustentada por participação institucional e contexto macroeconômico mais favorável, coloca os criptoativos em um patamar de maturidade inédito, abrindo caminho para um quarto trimestre que promete ser decisivo.

BTC gráfico mensal

O fechamento de setembro trouxe uma leitura bastante significativa para o Bitcoin no gráfico mensal. Mesmo em um período historicamente desafiador, o ativo conseguiu sustentar a zona crítica entre 107,2K e 105K, região marcada pelo POC (Point of Control) do volume e pela mínima das últimas duas velas. Essa defesa reforça a consolidação da área como suporte central no curto e médio prazo.

Outro ponto de destaque é o posicionamento das médias: a EMA8 segue acima da SMA21 (linha média das Bandas de Bollinger), ambas inclinadas para cima, sinalizando que a tendência primária permanece altista e saudável. Essa configuração técnica é um dos principais argumentos para justificar a resiliência do BTC, mesmo diante de correções intramensais e ausência de rompimento imediato.

Do lado da Fibo, tivemos o reteste bem-sucedido da retração de 0.768 (99,2K), que funcionou como gatilho de confirmação de ciclo. Apesar disso, o preço ainda não demonstrou aceleração rumo ao próximo alvo em 124,5K, deixando setembro configurado como uma inside bar em relação a agosto. Esse padrão traduz incerteza e compressão de volatilidade, abrindo espaço para que outubro se torne um mês de definição mais clara — seja por rompimento para novas máximas, seja por correção em busca de liquidez.

O CVD (Cumulative Volume Delta), por sua vez, permaneceu lateralizado, indicando equilíbrio entre forças compradoras e vendedoras, o que ajuda a explicar a ausência de rompimentos expressivos no mês. Ou seja, houve defesa dos suportes estratégicos, mas ainda sem fluxo direcional suficiente para liberar o movimento altista esperado.

📌 Em resumo: setembro entregou um candle de consolidação, sustentado acima dos 105K, confirmando o vigor da tendência, mas sem explosão de preço. O contexto técnico permanece construtivo, com médias apontando para cima, retrações de Fibo respeitadas e suporte sólido no POC. Outubro, portanto, carrega o peso de ser o mês onde essa compressão poderá se resolver, com os 124K ainda como alvo natural de ciclo.

Osciladores e indicadores de volume

Na análise de fluxo, o CVD segue lateralizado, confirmando o equilíbrio entre compradores e vendedores que comentamos anteriormente. Já o CMF (Chaikin Money Flow) vem mostrando perda gradual de fôlego, registrando o quarto mês consecutivo de queda na sua “altura”, o que sinaliza redução na pressão compradora líquida. Esse contraste entre um CVD estável e um CMF em retração sugere que, embora o volume negociado não tenha mudado drasticamente, a qualidade do fluxo aponta para uma leve saída de capital do mercado spot — uma divergência que ajuda a explicar a lateralização dos últimos meses.

O WaveTrend permanece em patamar elevado, ainda sustentando uma leitura construtiva, mas sem avançar, refletindo o momento de estabilidade e compressão de preço. O Stochastic KDJ, por sua vez, mostra a perda de potência do movimento: após duas tentativas de rebote positivo, acabou barrado antes mesmo da zona de sobrecompra, cruzando em configuração bearish. Essa dinâmica reforça o padrão de divergências — bearish no topo e bullish no fundo — que vem afunilando a força do BTC e consolidando a faixa de congestão vista nos últimos três meses.

É importante destacar que, segundo nossa última leitura semanal, ainda existe pressão vendedora ativa. Isso reforça o cenário de que outubro pode iniciar buscando novamente as mínimas recentes antes de tentar qualquer retomada de força compradora.

Por outro lado, o MACD mensal segue firme em tendência de alta, mesmo com o histograma oscilando em padrão de “zigue-zague”. O ponto-chave é que o indicador mantém estrutura acima da linha zero, preservando a leitura de ciclo altista intacta — o que reduz a probabilidade de uma reversão mais profunda no curto prazo.

Suportes e Resistências

  • Suporte imediato: 107,2K (mínima de setembro)

  • Suporte de maior peso: POC em 105K e zona de 99,2K (Fibo 0.768 retestada)

  • Resistência chave: 120K (topo recente)

  • Resistência de ciclo: 124,5K (extensão de Fibo e alvo natural)

Conclusão

O fechamento mensal de setembro deixa claro que o Bitcoin desafia o Setembro vermelho. A moeda entrou em uma fase de compressão de preço, onde os players maiores parecem estar aguardando os próximos gatilhos macroeconômicos para definir direção. O candle de inside bar reforça esse cenário de indecisão, mas a defesa dos 107K–105K mostra que ainda há força estrutural sustentando o ciclo.

No semanal, entretanto, a leitura ainda é de pressão vendedora. O mercado não conseguiu imprimir volume comprador suficiente para romper a congestão, e isso aumenta a probabilidade de que outubro comece testando as mínimas recentes antes de buscar qualquer retomada de impulso. Essa janela inicial pode ser marcada por movimentos mais defensivos, principalmente se dados de inflação ou decisões do Federal Reserve adicionarem volatilidade ao dólar.

Por outro lado, a manutenção do MACD acima da linha zero no mensal, junto com médias móveis alinhadas para cima, indica que a estrutura de alta de longo prazo continua intacta. Ou seja: mesmo que vejamos outubro começar com pressão e possível teste de suportes, a tendência predominante segue altista, e qualquer correção tende a ser absorvida como oportunidade para posicionamento.

Diante do calendário financeiro carregado — com dados do PCE, payroll e expectativas de cortes de juros — e do fator ETFs institucionais ainda alimentando o fluxo, o mais provável é que outubro seja o mês da resolução: ou consolida de vez a base nos 105K para liberar caminho rumo a 124K, ou abre espaço para uma correção mais profunda até a zona dos 99K. Em ambos os cenários, o mercado cripto entra no quarto trimestre com volatilidade garantida e potencial de retomada de protagonismo, justamente em um período sazonalmente mais favorável para o BTC.

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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