Central Magazine

domingo, 7 de dezembro de 2025 às 0:57
Saiba porque o SMC ficou obsoleto!

O Bitcoin volta aos 5 dígitos. E agora?
O Fed segue rachado sobre o ritmo e o timing de cortes, e o dólar esticou com a turma reduzindo apostas de alívio rápido — combinação clássica de “risk-off” que seca liquidez para ativos voláteis. Autoridades do Fed deram sinais divergentes na véspera e hoje, e o índice do dólar avançou nessa esteira, apertando as condições financeiras e piorando apetite por risco (cripto incluso). Resultado: BTC testou a casa dos 100K e market makers ficaram defensivos.

No fluxo setorial, ETFs spot foram o catalisador micro: relatório de hoje mostra tombos para mínimas de quatro meses em produtos-líder (IBIT, ETHA), com saídas acumuladas desde o fim de outubro e perda de momentum dos veículos que vinham sustentando a alta no ano. Quando o primário sangra, a pressão vaza direto para o livro de ofertas das exchanges — e a marretada de hoje reflete justamente resgates e realocação para caixa em um dia de dólar forte.

Um fator de fundo que potencializou o tombo foi a liquidez apertada no overnight (repo/reverse-repo/SRF) vista na sexta e na segunda: quando bancos e dealers correm por caixa/colateral de um dia para o outro, o custo do dinheiro no front-end sobe, o dólar ganha tração e o bid por ativos de risco murcha. Esse ambiente seca a profundidade do livro nas exchanges e nos ETFs, de modo que qualquer gatilho (resgates em spot ETFs, notícia negativa em DeFi, stops técnicos) propaga mais rápido, vira cascata de liquidações e produz velas longas como a de hoje — incluindo o toque/brief abaixo de 100K e o market cap do BTC encostando/rompendo os US$ 2 tri no intraday.

No mundo DeFi, um Exploit no Balancer derruba sentimento e pressiona ETH. O protocolo de finanças descentralizadas Balancer sofreu um ataque a seus smart contracts na segunda (3/nov), com perdas estimadas entre US$ 110 mi e US$ 128 mi drenadas de pools em múltiplas redes (incl. Ethereum). O impacto se espalhou: a Berachain chegou a pausar a rede e iniciou hard fork de emergência para conter efeitos colaterais, enquanto rastreadores e veículos noticiosos acompanharam a consolidação dos fundos (osETH, WETH, wstETH) nas carteiras do invasor. O episódio reacendeu o debate sobre segurança em DeFi — tema que já vinha em alta com recordes de hacks em 2025 — e ajudou a piorar o humor num dia de liquidez macro apertada, contribuindo para a queda ampla em cripto.

Por fim, a mecânica de liquidações fez a cascata: vários feeds reportaram US$ 1,1–1,3 bi estopados nas últimas 24h, empurrando o candle para o formato de marubozu, furando 100K intraday em alguns agregadores. O market cap do BTC voltou a orbitar US$ 2 tri incursões abaixo desse patamar — nível que não víamos ser ameaçado desde maio (quando a marca dos US$ 2 tri foi superada). No agregado, cripto total recuou para a faixa de US$ 3,4–3,5 tri, sinalizando saída ampla de risco.

Ufa… DumpVember começou quente !! Tão quente que todo o mercado está derretendo!

 

 

Price Action SemanalPrice Action Semanal

O Bitcoin hoje rompeu fragilmente a EMA50 semanal e agora testa a EMA55 (~98.9K), enquanto o CVD (Cumulative Volume Delta) registra queda consistente — sinal de que o fluxo comprador deixou de sustentar o movimento, e o vendedores tomaram o controle.
Somado ao contexto macro e cripto (ETFs sangrando, liquidity squeeze, DeFi exploit), o mercado fica vulnerável a mais deslizamentos no curto prazo. A LTA de médio prazo, traçada desde ~15K, agora marca suporte na faixa dos ~97K, junto com o POC (~96K) do perfil de volume traçado desde a ATH do ciclo anterior — zonas que definem se a estrutura de fundo ascendente resiste ou se abre espaço para correção mais profunda.

Na vela semanal atual observamos um candle de forte, tipo Morubozu Bearish,  direção baixa, amplitude ampla e sem “sombra de fuga” significativa — clássico de momentum de direção única. A perda da EMA50, seguida de aproximação da EMA55, sinaliza que a média curta falhou como suporte e agora a média seguinte está sob teste. A faixa ~99K atua como suporte imediato, mas se romper, o próximo piso técnico relevante é o POC em ~96K, que coincide com a LTA de fundo ascendente traçada em amarelo. Esse cruzamento de suportes torna o nível críticas: se segurar, pode haver pull-back ou consolidação; se romper, a aceleração para ~93K ou abaixo fica plausível. A divergência no CVD já vinha apontando desequilíbrio de fluxo há semanas — ou seja, o preço “subia” com ar muito fraco por trás, e agora o peso se manifesta.

Volume & Indicadores

O CVD em declínio sugere que compradores não estão mais absorvendo vendedores — a agressão vendedora domina. Em paralelo, o indicador BBWP (Bollinger Band Width Percentage) está muito baixo na base 2-semanal, indicando compressão de volatilidade: normalmente antes de movimentos fortes, mas nesse caso em ambiente de liquidez reduzida e risco elevado, a compressão vira “sopro” para baixo. Complementando: o volume spot nas principais exchanges e ETFs está evidenciando queda de participação líquida, conforme relatado em publicações especializadas — menos bid, menos profundidade, maior impacto de ordens de venda. O ADX semanal aparece em ~18-19, indicando tendência fraca mas com risco de virar forte rapidamente em caso de ruptura. Ou seja: o pano está pronto para um movimento direcional forte — e o viés é de baixa.

Análise Macro – Gráfico de 2WAnálise Macro - Gráfico de 2W

O gráfico de 2 semanas do BTC está entregando um comportamento raro: o BBWP recuou para apenas 3.8%, o menor nível desde o colapso de liquidez de março de 2020 — e isso enquanto o preço desaba quase 12% na mesma janela. Em condições normais, uma queda tão expressiva viria acompanhada de explosão de volatilidade, mas o que temos aqui é o oposto: preço em queda e volatilidade implodindo. Isso ocorre porque a pressão vendedora atual não vem de expansão direcional, e sim de retirada de liquidez — o mercado não está “explodindo”, está esvaziando. Em outras palavras, o movimento de baixa é sustentado por poucas mãos vendendo em um livro raso, o que mantém a amplitude estatística contida, mesmo que o preço se mova violentamente no gráfico linear. É o típico cenário de “queda sem volume”: volatilidade aparente comprimida, spreads abrindo e volatilidade implícita das opções recuando, enquanto o preço escorrega pela ausência de contraparte.

Esse comportamento do BBWP em declínio durante a queda sugere que o BTC ainda não entrou na fase de descompressão plena, e o que vemos é apenas o estágio preparatório da tempestade direcional. Historicamente, leituras abaixo de 5% no 2W precedem fases de movimentos parabólicos (como abril/2023) ou colapsos violentos de liquidez (como junho/2022). A diferença é que, desta vez, o contexto macro é de aperto, não de injeção: portanto, a expansão tende a vir para baixo primeiro, drenando liquidez até que o BBWP volte a subir e marque o início de um novo ciclo de volatilidade real.

Em síntese: o BBWP em 3.8% com o CVD negativo e queda contínua de volume mostra que o mercado ainda não está soltando o gatilho, apenas “respirando fundo” antes da próxima pancada de volatilidade. Se essa compressão se prolongar por mais uma ou duas quinzenas, qualquer candle de reversão ou spike direcional pode deflagrar uma explosão de 20–30% de range em poucas semanas. É o tipo de cenário em que o trader experiente não se ilude com o silêncio — porque o silêncio, no 2W, é o prelúdio do rugido.

Conclusão

O quadro técnico do Bitcoin é o retrato exato de um mercado travado entre forças opostas: de um lado, um ciclo ainda tecnicamente saudável, sustentado pela LTA dos 15K e por médias de longo prazo ascendentes; do outro, a perda progressiva de sustentação das médias curtas e o esvaziamento estrutural de liquidez. A pressão de venda recente não é um colapso clássico, mas sim um derretimento por falta de contraparte, e o comportamento do CVD confirma: o preço cai não porque há pânico, mas porque ninguém compra.

O BBWP em 3.8% nas 2W traduz essa apatia visualmente — não há expansão de volatilidade, há compressão num vácuo de volume. Isso indica que o mercado está acumulando energia, e quando a liquidez voltar a circular (seja via macro, ETFs ou rotação interna), o movimento seguinte tende a ser abrupto. A direção dependerá de onde o rompimento ocorrer: acima da EMA50 (~101K), abrimos espaço para um repique técnico; abaixo do cinturão 97–96K, o mercado assume postura de distribuição plena, mirando as bandas inferiores e a Fibo 0.618 (~84K).

No fim, este momento é de carregamento de mola. O mercado está silencioso demais, e o silêncio não dura em cripto. O rompimento que virá a seguir, quando o BBWP reverter, definirá o tom do último trimestre de 2025: se o bull market apenas respira antes do sprint final, ou se outubro foi de fato o prenúncio do esvaziamento do ciclo. Até lá, quem observa o gráfico vê exatamente isso — um gigante imóvel, mas prestes a se mover.

Uma coisa podemos dizer com certeza: apesar de tudo, a estrutura macro de tendência de alt não sofreu UM ARRANHÃO SEQUER !

 

 

 

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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