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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025 às 20:20
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Na virada desta quinta-feira, a volatilidade de dezembro do Bitcoin voltou a chamar atenção. Depois de testar novamente a região dos 89K, o preço disparou em poucas horas para cima dos 93K, num movimento associado a mais uma rodada de short squeeze em posições vendidas excessivamente alavancadas no mercado futuro. Dados de derivativos mostram que, ao longo desta semana, liquidações de shorts voltaram a ganhar força à medida que o BTC recuperou parte das perdas de novembro, comportamento semelhante ao visto em outros ralis recentes onde o preço “acorda” justamente quando o mercado está mais posicionado contra ele.

Do lado institucional, os ETFs de Bitcoin ajudaram a sustentar esse mini-pump. Após saídas consistentes no fim de novembro, os produtos listados nos EUA voltaram a registrar dias de entrada líquida positiva no começo de dezembro, com destaque para veículos como IBIT (BlackRock) e FBTC (Fidelity), que seguem concentrando a maior parte do fluxo comprador. Relatórios de fluxo de fundos apontam que, mesmo em um ambiente ainda cauteloso, o apetite institucional por BTC permanece resiliente, com produtos cripto voltando ao campo positivo na soma semanal de captações.

No macro, o pano de fundo continua misto para ativos de risco. Nos EUA, o mercado segue precificando uma trajetória de cortes de juros mais lenta em 2026, enquanto os próximos dados de inflação (CPI) são aguardados sem expectativa de grandes “choques”, o que mantém o dólar relativamente firme e os rendimentos dos Treasuries em patamares que ainda competem com a renda variável. Ao mesmo tempo, cresce a atenção com o Japão: a combinação de alta gradual nos yields dos títulos japoneses e discussões sobre normalização monetária volta a acender o alerta para possíveis desmontes do famoso “carry trade do iene”, movimento que historicamente drena liquidez de mercados globais – incluindo criptomoedas.

A volatilidade de dezembro do Bitcoin

Por fim, o debate estrutural sobre o Bitcoin ganha mais um ingrediente com as falas recentes de Changpeng Zhao (CZ), fundador da Binance, reforçando a tese de que o clássico ciclo de quatro anos pode estar dando lugar a um “superciclo”, menos dependente do halving e mais guiado por fluxo institucional contínuo. Em entrevistas, CZ argumenta que a presença de ETFs, grandes gestores e adoção mais ampla tende a suavizar as fases extremas de euforia e crash, aproximando o BTC do comportamento de um ativo macro permanente em carteiras globais. Acho que você já leu algo parecido aqui em nossas análises 😂

Para quem acompanha a volatilidade de dezembro do Bitcoin, o recado é claro: os movimentos intradiários continuam explosivos, mas cada vez mais ancorados em uma teia de fatores estruturais – de ETFs e derivativos ao carry trade asiático – que precisam ser monitorados em conjunto antes de tirar conclusões sobre o rumo do próximo grande movimento.

Bitcoin – Gráfico diárioGráfico diário BTC

No gráfico diário do Bitcoin, A volatilidade de dezembro do Bitcoin na sessão de hoje ganha destaque pela formação de uma vela em formato de martelo apoiada na base da cunha ascendente. A mínima em 89.3K foi rapidamente “comprada” em um movimento de alta de cerca de 4K em poucas horas, levando o fechamento provisório para a região de 93.5K. Esse tipo de candle, depois de testar a parte inferior da estrutura e rejeitar de forma tão clara os vendedores, costuma sinalizar exaustão da pressão vendedora no curtíssimo prazo e disposição do mercado em defender a LTA que vem sendo construída desde o fundo na zona do 0.618 do ciclo (83.9K). Em termos de price action puro, é um recado claro de que, abaixo dos 90K, ainda existe demanda disposta a entrar com força.

As médias móveis reforçam esse quadro de tentativa de recuperação. A EMA8 cruzando para cima a SMA21 (média central das Bandas de Bollinger) configura um cruzamento bullish clássico de curto prazo, indicando que o momentum recente começa a favorecer os compradores. Esse movimento vem embalado por um engolfo de alta em relação à vela de ontem: a amplitude da barra de hoje “abraça” a faixa de preços do candle anterior, anulando a tentativa de continuidade de queda e recolocando o preço na parte superior da consolidação recente. Dentro do contexto de uma correção mais ampla, esse tipo de engolfo costuma funcionar como sinal de respiro, muitas vezes precedendo testes mais sérios das resistências imediatamente acima.

Por outro lado, o gráfico entrega alguns alertas importantes: A cor roxa da vela, proveniente do indicador de CVD, sinaliza divergência bearish: enquanto o preço sobe, há predominância de agressão vendedora nos books, isto é, mais ordens a mercado batendo na compra do que o contrário. Em linguagem prática, o preço foi puxado para cima, mas quem está sendo mais agressivo na pancada final ainda é o lado vendedor, sugerindo cenário de distribuição ou absorção por mãos mais fortes. Isso ganha peso quando se observa que, mesmo com um pump explosivo, o movimento de hoje não foi capaz de romper a máxima dos últimos dois dias em 94.5K, nem de encostar na banda de Bollinger de 2 desvios (região dos 94K). A zona de oferta entre 94K e 95K continua intacta e se consolida como teto relevante dentro desta perna de correção.

Por fim, a estrutura gráfica maior mostra claramente uma cunha ascendente: fundos progressivamente mais altos desde as duas agulhadas no Golden Pocket do ciclo, enquanto os topos recentes se achatam contra uma resistência horizontal cada vez mais difícil de vencer. Esse padrão, formado dentro de um movimento prévio de queda, costuma ser lido como figura de continuação baixista – um “rali de alívio” comprimindo o preço antes de um possível novo teste de suporte.

Enquanto o BTC respeitar a LTA da cunha e se mantiver acima da zona dos 90K, o cenário de curto prazo ainda permite um último ataque aos 94–96K. Mas a combinação de divergência no CVD, falha em superar as máximas recentes e resistência das Bandas de Bollinger sugere que o mercado caminha sobre gelo fino: ou os compradores aparecem com volume real para romper essa faixa de oferta, ou a cunha tende a ser rompida para baixo, recolocando os 87.5K e 83.9K no radar como próximos alvos de teste.

Osciladores

Osciladores BTC Diário

Nos osciladores, o quadro confirma que essa pernada de alta do Bitcoin ainda é mais “teste de paciência” do que reversão consolidada. O RSI diário trabalha colado na linha dos 50 pontos e já sofreu três rejeições consecutivas nesse nível, configurando uma divergência bearish clara em relação aos topos recentes do preço. Enquanto o BTC insiste em revisitar a faixa dos 93–94K, o RSI não consegue sair da “zona de indecisão”, o que mostra um rali de alívio sem ganho real de força compradora. Esse comportamento combina bem com a cunha ascendente que aparece no preço: o mercado empurra devagar para cima, mas sem tração suficiente para transformar esse impulso em tendência saudável.

O Estocástico KDJ reforça essa leitura de exaustão. Mesmo depois de uma divergência bearish já sinalizada, o indicador voltou três vezes à região de sobrecompra, sempre com a linha J estourando lá em cima e retornando rapidamente, o que é típico de movimento guiado mais por short squeeze e liquidação de vendidos do que por demanda orgânica de longo prazo. Já o MACD sobe em ritmo lento, com linhas apontando levemente para cima e histograma ganhando altura sem grandes explosões: é um cenário de recuperação gradual, mas ainda frágil. Colocando tudo junto – RSI preso abaixo de 50, KDJ insistindo em “raspar” a sobrecompra e MACD apenas acompanhando – o cenário mais provável para os próximos dias é de continuação dessa congestão entre suportes em 90K e resistências em 94–96K, com risco maior de nova correção caso o preço volte a falhar nesse teto e os osciladores enfim resolvam descarregar o excesso de otimismo acumulado nessas últimas altas.

Ouro – Gráfico diário

OURO - Gráfico Diário

O ouro diário está numa posição bem privilegiada: o fechamento acima da região dos 4.250 consolida o rompimento de uma resistência que vinha segurando o preço desde o topo anterior da pernada A–C. Esse patamar coincide com a linha de 1.0 da Fibo local e com a borda superior da zona de valor do VPVR; o fato de o ouro estar “colado” nessa faixa depois de ter feito um pullback limpo no POC ampliado do ano reforça a ideia de reteste bem-sucedido.

A EMA8 segue inclinada pra cima e serviu de trilho para a retomada, enquanto as médias mais lentas (EMA55, EMA144 e EMA233) ficaram todas lá embaixo, alinhadas em tendência de alta. Em termos de estrutura, o desenho entre outubro e agora lembra um grande padrão de continuação: primeiro um topo em A, correção em B, redistribuição em C e, na sequência, uma sequência de fundos ascendentes dentro de uma zona de consolidação estreita logo abaixo do topo histórico.

Do ponto de vista de fluxo, o gráfico de ouro também conversa bem com o contexto macro. Desde 2022 os relatórios do World Gold Council mostram bancos centrais comprando de forma consistente, com destaque para países como China, Polônia, Turquia e algumas economias emergentes que vêm usando o metal como hedge contra dólar forte, juros reais voláteis e risco geopolítico — um movimento que não desapareceu em 2024 e segue como pano de fundo nesta faixa de 4.2K.

Além das reservas oficiais, ETFs lastreados em ouro voltaram a registrar semanas de entrada líquida sempre que o mercado global aumenta a aversão a risco, reforçando a demanda estrutural. Quando se coloca tudo isso em perspectiva — rompimento e fechamento acima de 4.250, POC anual virado em suporte, Bollinger Bands abrindo a favor da tendência e ausência de grandes zonas de oferta até a região da ATH e da projeção em 5.120 — o cenário base passa a ser de continuidade: enquanto esse suporte recém-conquistado se mantiver firme, o ouro entra na reta final de um possível novo recorde histórico, servindo como porto seguro num ambiente ainda carregado de incerteza para bolsas e criptomoedas.

Conclusão

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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