Central Magazine

terça-feira, 9 de dezembro de 2025 às 22:05
Saiba porque o SMC ficou obsoleto!

Bitcoin em modo “mini-pump” enquanto o debate sobre superciclo esquenta!

O Bitcoin tem oscilado na região dos 90K, muito próximo do que alguns estudos estimam como custo médio de produção da rede em torno de 92.3K, zona onde mineradores começam a reduzir a pressão vendedora. Em paralelo, os ETFs spot de BTC seguem como principal canal entre Wall Street e o ativo: depois de um pico de mais de US$ 4 bilhões em saídas concentradas nos grandes fundos como IBIT e FBTC, o ritmo de outflows diminuiu, indicando uma transição de “pânico pós-queda” para uma fase mais seletiva de reposicionamento institucional. 

O destaque desta terça-feira é o mini-pump intradiário: em menos de uma hora, entre o final da manhã e o início da tarde, o BTC saltou da casa dos 90.3K para perto de 94.5K, varrendo ordens de venda rasas e forçando fechamento de posições vendidas alavancadas. Não houve, até o momento, um único gatilho de notícia macro ou regulatória capaz de explicar sozinho o movimento; o mais provável é uma combinação de livro de ordens mais leve após dias de realização, caçadas a stops em derivativos e um fluxo marginalmente mais construtivo vindo dos ETFs após a sequência de saídas. Em termos de estrutura de mercado, é um típico “squeeze de alívio” depois de um mês de fortes liquidações, mais associado à mecânica de posições do que a uma mudança estrutural de tendência.

No campo das narrativas, quem roubou a cena foi Changpeng Zhao, o CZ, ao defender publicamente que o mercado de Bitcoin estaria entrando em um “superciclo”, no qual o antigo padrão de ciclos de 4 anos guiados exclusivamente pelo halving estaria perdendo relevância. Nas falas repercutidas por diferentes portais, CZ argumenta que a entrada de novos vetores de demanda – como ETFs spot, adoção institucional mais ampla e uso crescente de BTC como colateral – dilui o impacto isolado dos eventos de halving na precificação, abrindo espaço para movimentos de alta e correção menos “quadrados” no tempo. É Família, quem acompanha minhas análises já me viu escrevendo sobre isso tem pelo menos um ano e meio! 

Do ponto de vista do mercado financeiro mais amplo, o Bitcoin continua preso entre duas forças: ETFs, produtos estruturados, derivativos listados (que aproxima o ativo do investidor tradicional) e do outro, um ambiente ainda cauteloso em renda variável global, com investidores calibrando risco após um 2025 marcado por rotação setorial e episódios de aversão a risco em função de juros altos por mais tempo.

Os recentes fluxos nos ETFs de BTC ilustram bem essa ambivalência: os mesmos veículos que ajudaram a impulsionar o rali até a ATH agora funcionam como válvula de escape para realização pesada, reforçando a ideia de que, nesta fase do ciclo, notícias de fluxo e posição em produtos regulados importam tanto quanto, ou mais do que, os clássicos “halving + narrativa de escassez” que dominaram os ciclos anteriores.

Gráfico Diário

Gráfico Diário BTC

No diário, o mini-pump de hoje levou o preço exatamente para a zona de sobrecompra das Bandas de Bollinger triplas: a máxima foi quase um toque cirúrgico na banda de 3 desvios, ali na região dos 94.6K, enquanto a mínima respeitou a borda inferior da banda de 2 desvios. Isso mostra que, por enquanto, o BTC está “passeando” dentro do canal desenhado pelas Bollingers, usando as bandas como guia de volatilidade. O problema é que, mesmo com uma variação de quase 5K no dia (89.5K → 94.6K), o mercado mais uma vez não conseguiu romper com convicção a resistência dos 94K, nem chegar perto do POC mais acima – sinal claro de que essa faixa segue pesada e defendida pelos vendedores.

O estreitamento das Bandas de Bollinger é outro ponto importante: o BBWP está em torno de 39% e cainda, abaixo da média, indicando que o grosso da explosão de volatilidade ficou para trás e que o mercado começa a entrar em fase de compressão depois do tombo de Dumpember. Bandas mais apertadas e quase paralelas apontam para um regime de consolidação, em que movimentos bruscos aparecem mais como “espirros” de liquidez (short/long squeeze) do que como início de tendência sólida. O cenário mais provável para os próximos dias é de briga lateral entre 90K e 95K: acima dos 94–96K o BTC começa a sinalizar retomada mais séria; abaixo dos 90K, volta a crescer o risco de revisitar o Golden Pocket na região dos 87.5K–83.9K antes de qualquer tentativa mais consistente de alta.

OsciladoresOsciladores

Nos osciladores, o quadro é de momentum em recuperação, mas já esticado no curto prazo. O primeiro painel do F!72 Market Monitor mostra o fluxo de dinheiro (CMF/WaveTrend) saindo do fundo negativo e ganhando inclinação positiva, com barras cada vez mais claras – sinal de que entrou agressão compradora real nessa pernada, não foi só “short squeeze vazio”. Esse movimento é confirmado pelo volume crescente nas últimas barras, reforçando que houve participação efetiva do mercado na alta de hoje.

Já o CCT Dynamic Stoch KDJ liga o alerta de curto prazo: K e D estão na zona de sobrecompra, e a linha J passou de 100, indicando um movimento muito rápido, típico de exaustão intradiária. Além disso, ainda há pendurada uma divergência bearish oculta marcada no indicador, lembrando que a tendência maior continua sendo de correção. No painel inferior, o MACD segue para cima, com histograma oscilando e as linhas começando a chegar em direção ao zero. Isso sugere que o alívio pode continuar por alguns candles, mas, com o estocástico tão esticado, o cenário mais coerente é de rali de respiro dentro de um contexto ainda frágil, onde qualquer tentativa de continuação altista pode esbarrar em nova tomada de lucro antes que haja força suficiente para romper de vez as resistências acima.

OURO – Gráfico diárioOURO - Gráfico Diário

O gráfico diário do ouro continua respeitando a estrutura de consolidação que vínhamos acompanhando, com o preço “espremido” dentro de um triângulo formado pela LTA iniciada em meados de outubro e pela LTB que conecta os topos descendentes desde a máxima histórica recente. A região dos 4.2K é o eixo atual onde o POC do VPVR estacionou. Cada teste da LTA vem sendo defendido com candles de pavio inferior alongado, sinalizando que, apesar da realização, o mercado ainda demonstra disposição em absorver vendas nessa faixa.

As médias reforçam esse quadro de consolidação com viés altista de fundo. A EMA8 passa praticamente colada ao preço, funcionando como suporte dinâmico de curtíssimo prazo e como “linha de batalha” entre compradores e vendedores. Logo abaixo, a EMA55 sobe de forma suave, alinhada à LTA, dando sustentação à ideia de tendência principal positiva. As Bandas de Bollinger de 2 desvios mostram o preço trabalhando mais próximo da banda superior nas últimas sessões, mas sem rompê-la com força, o que casa bem com o comportamento de triângulo de continuação: volatilidade ainda moderada (BBWP em torno de 30%) e compressão gradual, preparando terreno para um rompimento mais adiante.

O ponto-chave agora é justamente o vértice desse triângulo. Um fechamento diário consistente acima da LTB, com candle de corpo cheio e volume crescente, abriria espaço para um teste da região de topo, com alvos iniciais na zona entre a banda superior (4.26K) e a máxima anterior. Já uma perda clara da LTA, especialmente se acompanhada de aumento de volume vendedor e rejeição na região dos 4.2K, sugeriria um movimento de retorno às médias mais longas e às zonas de suporte do perfil de volume abaixo de 4.1K.

Em resumo, o ouro chega ao fim de ano em posição tecnicamente privilegiada: estrutura de alta preservada, consolidação em triângulo e decisão cada vez mais próxima – o que vier a seguir tende a definir o tom para o começo de 2026.

Conclusão

Em síntese, o quadro que se desenha é de um mercado em transição, não em colapso. O Bitcoin continua preso entre suportes fortes do ciclo (Golden Pocket em torno da região dos 0.65) e resistências importantes de perfil de volume e médias móveis, mostrando que cada repique de curto prazo ainda é rapidamente testado pelos vendedores. Osciladores esticados, volatilidade contida pelas Bandas de Bollinger e rejeições repetidas abaixo do POC reforçam a leitura de que a correção não terminou e que novos testes de suporte são mais prováveis do que uma retomada em linha reta rumo ao topo histórico. Ao mesmo tempo, o ouro segue consolidando dentro de um triângulo de alta, com LTA respeitada, médias alinhadas para cima e preço gravitacional em 4.2K, sugerindo um ativo que ainda é procurado como proteção em meio à incerteza macro.

Quando se coloca tudo na mesma régua— BTC corrigindo após um ciclo muito forte, ouro encaixotado numa formação de continuação altista e um cenário macro em que juros, liquidez e apetite por risco ainda são temas centrais — a mensagem é clara: o investidor está seletivo. Há espaço para alívios de curto prazo em cripto, especialmente se o fluxo voltar a esquentar via ETFs, mas a estrutura técnica ainda cobra respeito aos suportes antes de qualquer retomada sustentável. Já o metal, se confirmar rompimento da LTB do triângulo com volume, pode voltar a liderar o papel de “porto seguro” no início de 2026. Em outras palavras, o jogo continua aberto, mas com uma assimetria evidente: cripto ainda precisa provar que a correção atual é apenas uma pausa no bull market, enquanto o ouro só precisa de um gatilho para transformar consolidação em novo movimento de alta.

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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