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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025 às 4:49
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O Bitcoin reage mas corte de juros fica na corda bamba. Hoje saiu o CPI dos EUA de agosto, mostrando que a inflação continua “teimosa”: o índice geral subiu 0,4% em comparação a julho (ajustado sazonalmente), enquanto no acumulado de 12 meses avançou para 2,9%, ante 2,7% no mês anterior. Excluindo alimentos e energia (inflação core), também houve elevação mensal de 0,3%, com taxa anual de 3,1%. Além disso, os pedidos iniciais de auxílio-desemprego subiram para 263.000, maior patamar desde outubro de 2021, indicando que o mercado de trabalho já não está tão forte assim.
Esses dados intensificam a tensão sobre o Federal Reserve: por um lado, inflação persistente atrasa cortes agressivos; por outro, sinais de fraqueza econômica pressionam por alívio monetário. O Fundo Monetário Internacional (IMF) inclusive declarou que há espaço para cortes, mas ressaltou que devem ser moderados e baseados em mais dados.

Embora muitos no mercado ainda esperem um corte de 25 pontos-base na reunião de juros do Fed marcada em breve, o CPI mais alto que o previsto implica que o banco central vai com muito mais cautela. Com inflação anual em quase 3% e core persistente em 3,1%, o Fed pode decidir manter as taxas no atual patamar de 4,25%–4,50% por mais tempo, ao menos até sinais mais claros de desinflação aparecerem consistentemente. Para o Bitcoin, isso significa risco de correção ou lateralização — a expectativa de juros mais altos por mais tempo pesa sobre ativos de risco. Já o ouro se beneficia desse cenário, pois taxas reais negativas ou pouco elevadas aumentam seu apelo como proteção contra inflação.

Bitcoin reage mas corte de juros fica na corda bamba.

Bitcoin reage mas corte de juros fica na corda bamba.

O BTC diário entre ontem e hoje trouxe um sinal importante: o preço conseguiu romper a EMA8 e a retração 0.768 da Fibonacci, mostrando que os compradores reagiram após a correção. O golden pocket (0.618–0.65 da fibo) foi respeitado no movimento recente, funcionando como trampolim, e a EMA100 entrou como suporte dinâmico, sustentando a recuperação. Esse conjunto cria uma confluência forte de suporte, o que deixa o movimento de alta mais consistente.

Agora, o destaque vem do CVD (Cumulative Volume Delta). A linha verde indica entrada de agressividade compradora, ou seja, os compradores estão atuando com força no mercado, mas o preço não sobe na mesma proporção. Isso significa que existe absorção de ordens de compra por parte de players maiores, que estão segurando o preço nessas regiões. Em termos práticos: a demanda existe, mas alguém está do outro lado distribuindo liquidez. Esse tipo de divergência pode ser tanto um sinal de acumulação inteligente, como também um alerta de que ainda há pressão vendedora oculta.

Olhando para a LTA amarela, o mercado continua respeitando a tendência de alta iniciada nos 74.4K. Cada reteste dela tem sido bem-sucedido, reforçando que ainda não houve quebra estrutural.

Sobre a Bollinger Band, ela vem se expandindo com força, o que indica aumento da volatilidade após um período de compressão. Isso é confirmado pelo BBWP em 42% e subindo, ou seja, o mercado está liberando energia acumulada. Como o rompimento foi para cima, a expectativa é de continuidade do movimento, com as bandas dando espaço para um teste na região dos 116K–118K, que é resistência imediata.

👉 Perspectiva: se a absorção do CVD se converter em força efetiva, o BTC tem espaço para buscar novamente a faixa de 118K, que foi suporte perdido e agora vira resistência. Caso os grandes players estejam apenas distribuindo, o risco é de lateralização abaixo dessa zona antes de novo teste no golden pocket.

Leitura de Volume

Quando falamos de leitura de mercado, o volume é sempre o coração que dita a intensidade do movimento. No gráfico atual do BTC, o volume mostrado abaixo dos candles tem “costurado” a média há semanas, ou seja, não há picos agressivos de entrada ou saída de capital, mas sim uma constância que revela liquidez contínua sem predominância clara de um lado. Esse comportamento, longe de ser irrelevante, mostra que o mercado não está vazio: há rotação de posições, troca de mãos, mas ainda sem uma capitulação ou explosão típica de reversões.

No CVD (Cumulative Volume Delta), porém, o cenário ganha outro contorno. A linha verde vem apontando para cima, sinalizando agressividade compradora. Isso significa que as ordens a mercado de compra têm predominado sobre as de venda. O detalhe é que essa pressão não se traduz de forma proporcional no preço — estamos vendo absorção. Grandes players estão aceitando essas compras, oferecendo liquidez do lado vendedor. É como se estivessem segurando a porta para que, quando o fluxo de compradores se esgotar, pudessem virar a chave. Essa divergência é crucial: pode indicar acumulação de longo prazo, mas também distribuição inteligente no curto.

Já o VPVR revela outra camada do jogo. O POC (Point of Control) está na região dos 118K, um ponto de batalha onde o maior volume foi transacionado recentemente. Esse nível funciona como ímã para o preço: perder ou retomar essa faixa é decisivo. Hoje, abaixo do POC, navegamos em um vácuo de liquidez, o que torna os movimentos mais bruscos, já que não há tantas ordens empilhadas para amortecer variações.

Por fim, o Chaikin Money Flow (CMF), representado pelas barras centrais no F!72 Market Monitor 2025, mostra uma pressão compradora crescente. Isso é significativo porque o CMF capta fluxo de dinheiro real entrando no mercado. A leitura em ascensão indica que, mesmo diante da correção, os compradores institucionais e de médio porte continuam sustentando o interesse. Essa confluência entre CVD apontando para cima e CMF confirmando entrada de capital deixa claro que não estamos diante de um deserto comprador, mas sim de uma disputa de fôlego entre quem absorve e quem insiste em acumular.

Indicadores Técnicos: Força, Volatilidade e Estrutura

Indicadores Técnicos: Força, Volatilidade e Estrutura

Nos indicadores complementares, o cenário não é menos interessante. O ADX mostra leitura baixa (15–16), sinal de que a tendência perdeu força após a correção. Em termos práticos, não estamos em tendência explosiva — o mercado respira, consolida e acumula energia para o próximo movimento. É aqui que entram as Bandas de Bollinger: a expansão delas é evidente, e o BBWP em 42% e crescente confirma que a volatilidade voltou a se abrir após compressões anteriores. O preço, rompendo para cima a EMA8 e se mantendo acima da EMA100, aproveita esse “ar fresco” para tentar retomar níveis mais altos.

O RSI segue relevante. A leitura atual em torno de 57 indica espaço para avanço sem sobrecompra, mas o ponto crítico é a LTB do RSI. Essa linha de tendência de baixa vem sendo respeitada há meses e, no momento, o RSI ameaça um novo reteste. Isso significa que, mesmo com preço ganhando força, ainda existe uma trava psicológica e estrutural nos compradores: romper essa LTB pode liberar o RSI para uma corrida mais agressiva.

Já o MACD permanece acima da linha de sinal, em campo positivo. Embora o histograma mostre desaceleração, ainda não há cruzamento negativo, o que mantém a leitura bullish. O indicador aponta que a correção recente não foi suficiente para inverter o momentum estrutural, mas serviu para aliviar excessos.

O Stochastic KDJ traz a cereja do bolo: o indicador oscilatório, muito sensível a volatilidade, mostra a linha J puxando para cima, indicando tração de curto prazo. A posição atual sugere que ainda há espaço antes da sobrecompra, o que favorece continuidade de alta se as condições macro permitirem.

Suportes e Resistências: Estrutura de Mercado

  • Suportes imediatos:

    • EMA100 → já serviu como base na retomada recente.

    • Região de Fibonacci 0.65 – 0.618 (106.9K – 105.3K) → zona crítica de sustentação.

    • POC em 96K (VPVR) → ponto de dor máxima, onde compradores podem reagir com força.

  • Resistências principais:

    • 118K (POC no VPVR) → nível chave que precisa ser retomado para reduzir pressão vendedora.

    • 123.2K (ATH anterior) → resistência histórica, pavimentando o caminho para novos topos.

    • 153K (1.618 da Fibonacci) → alvo de longo prazo em caso de rompimento consistente da ATH.

Conclusão: BTC no Contexto Macroeconômico Atual

No ambiente macro, a leitura do dia 11/09/2025 trouxe mais ingredientes para essa equação. O CPI dos EUA veio acima das expectativas, reacendendo o debate sobre cortes de juros. A inflação persistente diminui a margem de manobra do Fed para flexibilizar a política monetária em breve, o que fortalece o dólar e pressiona ativos de risco no curto prazo. No entanto, paradoxalmente, esse mesmo cenário reforça o papel do ouro e do Bitcoin como proteção de valor. O ouro já mostra leve recuperação, enquanto o BTC reage tecnicamente em suportes relevantes, tentando se desvincular da dependência absoluta da política monetária americana.

No campo político, o embate entre Trump e o Fed adiciona ruído: o presidente continua pressionando por estímulos, enquanto Powell insiste na prudência. Essa incerteza cria volatilidade, mas também reforça o papel do BTC como ativo neutro, fora do alcance da política monetária tradicional.

👉 Perspectiva: se os fluxos compradores captados pelo CVD e pelo CMF se materializarem em rompimento do POC dos 118K, veremos o BTC mirando novamente a região das máximas históricas. Caso contrário, uma correção até 104–106K não apenas seria saudável, como reforçaria a narrativa bullish de longo prazo. No macro, o BTC segue como termômetro da confiança — ou desconfiança — no sistema financeiro tradicional.

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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