|
O BTC entra na zona de decisão de ciclo. Desde nossa última análise, o enredo do mercado cripto foi a consolidação do que muitos estão chamando de “crash de 2025”. Em menos de duas semanas, o Bitcoin saiu da região dos 90K, perdeu os 85K em agulhadas intradiárias e chegou a tocar a faixa dos 80–81K na sexta-feira, acumulando cerca de 36% de correção desde a máxima histórica em 126K – movimento que já supera a média de 32% das correções anteriores deste ciclo. Mais de US$ 1.5 trilhão em valor de mercado foi apagado desde o topo de outubro, com o marketcap cripto recuando de US$ 4,27 tri para US$ 2.97 tri até a metade deste domingo. O ponto central das notícias foi a virada de fluxo dos ETFs. A Coindesk destaca que os 11 ETFs spot de Bitcoin listados nos EUA já somam US$ 3,79 bilhões de saídas líquidas em novembro, o maior valor desde o lançamento, com dias individuais de quase US$ 1 bilhão drenando do mercado. Nos sias 13/11 e 20/11 (duas quintas-feiras seguidas) tivemos recordes de OUTFlow nas ETFs de Bitcoin com a segunda e terceira maiores retiradas desde a sua criação. |
![]() |
Em paralelo, parte desse capital migra para produtos ligados a SOL e XRP, que curiosamente receberam entradas mesmo em meio ao sell-off. a prática, o investidor institucional que puxou o rali no início do ano agora está realizando lucro e reduzindo exposição, deixando o preço mais dependente de varejo e de posições alavancadas em derivativos.
Isso mostra uma nova tendência e é uma das principais evidências da teoria que venho expondo neste canal já a algum tempo: O FIM DAS ALTS-SEASONS. Sim Família, é nítido que o comportamento neste ciclo, com esta queda expressiva, nÃO É continuar à exposição a riscos e daqui por diante investidores de Retail tem opções menos arriscadas como ETFs e RWAs, ainda mais com os recentes RugPulls de famosos no nicho das ALTs, que minam a credibilidade do nicho.
Esse pano de fundo de saída de capital encontrou um mercado já fragilizado por excesso de alavancagem. Desde o flash-crash de 10 de outubro, quando 30 bilhões foram liquidados em posições, novas rodadas de deleveraging se sucederam em novembro, com mais US$ 3,2 bilhões estopados em outro movimento de 10% e, só nesta semana, mais US$ 1,7 bilhão em liquidações ocorreram à medida que o BTC se aproximava da zona dos 80K. O resultado é um livro de ordens mais ralo, especialmente entre 96K e a faixa de 84K–80K, o que ajuda a explicar por que as pernadas de baixa têm sido tão rápidas.
Ao mesmo tempo, o Fear & Greed Index despencou para a região de 10–11, classificada como “medo extremo” e comparável apenas aos piores momentos do bear market de 2022, segundo CoinDesk e Yahoo Finance. Lembrando que NÃO É A Mínima histórica, que atualmente é 5 pontos batido em 22/08/2019
![]() |
No campo macro, as manchetes reforçam que a correção não acontece em um vácuo. Jornais como Guardian e Bitget apontam que o mercado global vive uma fase de risk-off, com temor de bolha em empresas ligadas à IA, quedas em índices de ações na Europa e nos EUA e dúvidas crescentes sobre cortes de juros pelo Federal Reserve ainda em 2025. Nessa combinação de juros altos por mais tempo, realização em tech e ETFs de Bitcoin virando para fluxo negativo, o BTC volta a se comportar como ativo de risco clássico: é um dos primeiros a ser vendido quando o investidor busca liquidez. Ainda assim, algumas casas citadas por CoinDesk e portais de análise veem a zona entre 73K e 84K como área provável de formação de fundo deste movimento, lembrando que a magnitude atual da queda ainda é compatível com correções profundas de bull markets anteriores – tema que ficará no centro da discussão ao longo das próximas semanas. |
Fechamento Semanal
⚠️ Aviso
Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento. |

