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domingo, 7 de dezembro de 2025 às 0:46
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O Ouro bate nova ATH e Bitcoin continua resistindo! Este início de Setembro trouxe uma sucessão de movimentos que reconfiguraram a dinâmica dos mercados globais. O ouro disparou para novas máximas históricas, rompendo a barreira dos US$ 3.600 por onça batendo nova ATH neste feriado de 7 de setembro.

Esse rali foi alimentado pela combinação de um dólar mais fraco, expectativas praticamente unânimes de corte de juros por parte do Federal Reserve e, sobretudo, pela percepção de erosão da independência da autoridade monetária diante das pressões políticas de Donald Trump, que vem vocalizando críticas diretas a Jerome Powell, novamente. Com o ambiente de incerteza fiscal e geopolítica, bancos centrais de países emergentes como Índia, China e Turquia intensificaram compras do metal, elevando sua participação nas reservas internacionais e consolidando o ouro como protagonista absoluto no portfólio global, ultrapassando inclusive o euro como segunda maior reserva do mundo. A narrativa de hedge clássico voltou com força, amparada pelo receio de que títulos soberanos percam ainda mais atratividade em meio à desaceleração da economia americana e à queda da confiança no dólar.

No universo das criptomoedas, o contraste chama atenção. O Bitcoin estabilizou-se em torno de US$ 110 mil a US$ 112 mil após o ATH de 124K de Agosto, refletindo não apenas uma pausa técnica, mas também o desvio de fluxos em direção ao ouro físico. Em termos relativos, a perda de valor do BTC frente ao metal precioso já beira 18%, o que reforça o discurso de críticos históricos como Peter Schiff, que renovaram as provocações sobre a real eficácia da criptomoeda como reserva de valor.
O Ethereum seguiu a mesma toada, acumulando queda semanal de cerca de 4% e sendo pressionado por saídas líquidas nos ETFs e pelo peso de Setembro, tradicionalmente desfavorável ao apetite por risco.
Ainda assim, o avanço dos fundos spot de Bitcoin não pode ser ignorado: com cerca de US$ 160 bilhões em ativos sob gestão, essas estruturas já se aproximam dos US$ 180 bilhões dos ETFs de ouro, um dado que mostra o quanto o BTC vem conquistando terreno institucional. Essa aproximação entre os dois ativos, cada qual com sua narrativa — o ouro como porto seguro tradicional e o Bitcoin como alternativa digital para uma nova geração de investidores — abre espaço para um embate de longo prazo que deve marcar a década.

Análise Técnica do OuroAnálise Técnica do Ouro

O Gráfico da esquerda (Ouro / Bitcoin — XAU/BTC Futures CME) evidencia de forma clara que, após uma queda prolongada, o Ouro começa a mostrar sinais de recuperação frente ao Bitcoin. A longa retração descendente, acentuada até meados de 2023, deu lugar a uma fase lateralizada e resiliente desde então — marcada por um movimento de consolidação (faixa horizontal) que parece agora prestes a romper. Esse tipo de padrão costuma preceder uma inversão estrutural, sugerindo que o ouro pode estar no limiar de uma nova rali expressivo frente ao BTC. Do ponto de vista técnico, o fato de o preço tentar romper o teto dessa faixa após tanto tempo de compressão indica acúmulo de força compradora, com potenciais alvos mais altos caso o rompimento se confirme.

O Gráfico da direita (Preço semanal do Ouro em USD), observamos o metal disparando para novas máximas históricas (ATH). O painel técnico confirma um momento claramente positivo: o ADX elevado (~43) sinaliza tendência forte; o MACD acima da linha de sinal indica bahwa buy-side dominance e momentum sustentado; o RSI acima da média móvel (~70+) reforça condições de sobre-compra. Além disso, o KDJ apresenta divergência bullish, com suas linhas se movimentando em direção ascendente, sugerindo que a pressão do touro ainda não está exaurida. A volatilidade também cresce, o que tende a intensificar os movimentos de preço. Todos esses elementos combinam-se para representar um quadro técnico robusto de continuação da valorização do ouro, com boa sustentação no horizonte próximo.

Tecnicamente, o ouro está ganhando força tanto frente ao dólar quanto ao BTC: no gráfico relativo, ameaçando romper uma estrutura lateral duradoura; no gráfico em dólares, com indicadores que reforçam continuidade de momentum comprador e tendência de alta.

Contexto do XAUt (Tether Gold)

Para quem quiser negociar com vinculo ao Ouro, existe a opção do Tether Gold. O XAUt é um token lastreado em ouro físico, cada unidade representando uma onça troy armazenada em cofres na Suíça. Até o final do primeiro semestre de 2025, são cerca de 246.500 tokens em circulação, respaldados por 7,7 toneladas de ouro. O apoio físico e a capacidade de resgate tornam-no um ponto de ancoragem digital confiável para exposição a ativos reais.

Sua captação de valor vem crescendo: o XAUt ultrapassou recentemente US$ 1,3 bilhão em market cap, o que o posiciona entre os 100 maiores criptoativos — reflexo da forte demanda como RWA (Real World Asset). O volume diário de negociação de dezenas de milhões de dólares confirma liquidez relevante para um ativo desse perfil.

Além de estar disponível nas blockchains Ethereum (ERC-20) e Tron (TRC-20), o XAUt vem expandindo sua presença cross-chain em plataformas como a Bybit, permitindo seu uso também em Derivativos com alavancagem de até 50x.

Bitcoin: Fechamento Semanal
Bitcoin: Fechamento Semanal

Enquanto o Ouro bate nova ATH e Bitcoin continua resistindo, a vela semanal do Bitcoin caminha para fechar justamente em cima de um ponto de alta relevância: o suporte da LTA histórica que vem desde o início do ano, coincidindo com a região da projeção 1.618 da Fibonacci do ciclo passado (traçada desde os 3.850 até a ATH de 69K). Esse nível já foi testado várias vezes como resistência cíclica, e agora aparece como suporte de longo prazo — até o momento segurando bem, o que dá peso técnico à leitura de que a faixa ainda funciona como um “chão confiável”. Vale lembrar: na região de 1.768 da mesma Fibo (119K), o preço deixou uma estrela cadente. Esse candle é caracterizado por pavio superior longo e corpo pequeno próximo à base, sinalizando exaustão compradora e risco de reversão — exatamente o que aconteceu, com o BTC voltando para se apoiar no 1.618.

O ponto de fragilidade no curto prazo vem das médias móveis: a EMA8 foi rejeitada e já cruzou abaixo da SMA21 (que é também a média central das Bandas de Bollinger). Esse cruzamento sugere perda de força imediata e reforça a ideia de que setembro pode ser um mês de acúmulo/distribuição, com mercado digerindo lucros do rali anterior em vez de buscar novos topos. Outro fator importante é a leitura do BBWP, que mostra compressão em apenas 7,3% — ou seja, a volatilidade está muito baixa. Esse tipo de compressão costuma funcionar como mola: não diz a direção, mas sinaliza que um movimento explosivo está se armando para as próximas semanas.

Indicadores técnicos

🔵 WaveTrend + ADX

O WaveTrend já vinha mostrando perda de força compradora e agora desce com inclinação clara, enquanto o ADX (força da tendência) está baixo, em torno dos 26 pontos. Isso mostra que o mercado perdeu momentum direcional, ou seja, não temos tendência forte vigente, mas sim um movimento de correção/acúmulo. Quando o ADX fica fraco assim, os suportes ganham ainda mais relevância porque são eles que seguram o mercado nesse tipo de “respiro”.

🟠 Estocástico KDJ

Aqui o sinal é bem marcante: as linhas K e D mergulharam e estão próximas da zona de sobrevenda. O detalhe importante é a linha J despencando abaixo de 20, indicando pressão vendedora curta, mas também apontando que já entramos em patamar de saturação. Historicamente, quando o J fica tão esticado para baixo, aumentam as chances de reação do preço nas próximas velas — mas essa reação não é imediata, pode exigir algumas semanas de acumulação. Vale lembrar também: na pernada anterior o KDJ deixou divergências escondidas (hid. bearish e bullish) que funcionaram bem, então não dá para ignorar que uma futura divergência bullish pode se formar aqui na sequência.

🟢 MACD

O MACD cruzou para baixo da linha de sinal, reforçando a leitura de fraqueza no curto prazo. A barra do histograma negativa confirma que o fluxo vendedor ainda prevalece. Contudo, o afastamento não é tão agressivo quanto vimos em fases mais pesadas de baixa, o que sugere mais uma correção do que uma reversão estrutural. O ponto de atenção é se essa curva do MACD vai começar a suavizar — se isso ocorrer junto de um KDJ repicando da sobrevenda, teríamos um combo interessante para sinal de retomada.

📊 Volume + CVD

O volume semanal mostra retração gradual, típico de movimento de correção sem pânico. O CVD (Cumulative Volume Delta) aparece em roxo, o que indica predominância de agressão vendedora, ou seja, mais volume de ordens a mercado no lado da venda do que da compra. Isso casa com a fraqueza momentânea vista nas médias: fluxo vendedor presente, apesar do suporte ainda se manter de pé. Se essa pressão diminuir, o suporte no 1.618 pode sustentar um novo respiro; se se intensificar, a faixa dos 105K (suporte de VPVR) ou mesmo os 96.7K logo abaixo entram no radar como zonas críticas de teste.

Conclusão

O Ouro bate nova ATH e Bitcoin continua resistindo. O gráfico semanal do BTC reforça a importância da região dos 109K, correspondente à projeção 1.618 da Fibonacci do ciclo passado, como suporte central de médio prazo. Essa faixa, que já foi resistência por diversas semanas, agora cumpre o papel de sustentação, alinhada à LTA que vem desde o início do ano. O candle de estrela cadente formado na região de 119K segue como alerta de exaustão compradora, e a rejeição da EMA8 com cruzamento abaixo da SMA21 adiciona pressão de curto prazo, indicando que setembro deve ser um período de consolidação mais lateral e de teste de suportes.

Assim, o BTC deve oscilar entre absorção e redistribuição, com cenário construtivo apenas se os 109K resistirem firmes; caso contrário, o olhar se volta para os 105K e 96.7K como suportes críticos.

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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