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sexta-feira, 14 de novembro de 2025 às 6:41
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Ontem 27/10 foi publicada uma proposta de atualizaçao da rede Bitcoin, a BIP‑444. E logo começou a pipocar discussão nas redes. E aí? O Bitcoin BIP444 – O fim ou o recomeço?

O debate em torno do BIP-444 reacendeu uma das discussões mais antigas do ecossistema Bitcoin: o limite entre liberdade e responsabilidade dentro de uma rede pública. A proposta, que busca restringir o armazenamento de dados não financeiros na blockchain, está sendo tratada por muitos como um ataque à descentralização e um prenúncio de censura. Exagerado talves?
O que está em jogo aqui não é o “fim do Bitcoin”, mas o início da sua maturidade técnica e legal — uma fase em que a rede precisa aprender a conviver com adoção institucional, pressões regulatórias e desafios jurídicos concretos.

Grande parte do alarde vem de um sensacionalismo fabricado por perfis maximalistas, que enxergam qualquer tentativa de ordem como traição ao ethos libertário. Mas o Bitcoin de 2025 já não é aquele de 2011 — e fingir que ainda é um experimento anárquico é ingenuidade.

O BIP-444 não muda o supply, o consenso ou o funcionamento econômico da moeda. Ele apenas define limites técnicos para impedir que blocos sejam usados como depósito de lixo digital, NFTs ou dados ilícitos. Isso é manutenção de infraestrutura, não censura.

Bitcoin BIP444 - O fim ou o recomeço?

Do outro lado, os mineradores agora se colocam como vítimas de uma suposta “ingerência” dos desenvolvedores, quando, na prática, o que eles defendem é o lucro sobre qualquer conteúdo via taxas. Se a rede está congestionada com inscrições, arte, memes ou dados suspeitos, pouco importa — desde que as taxas continuem subindo. É natural: eles são agentes econômicos, não morais. Mas essa é justamente a razão pela qual os desenvolvedores do Core precisam agir como tutores do protocolo, estabelecendo critérios técnicos e legais mínimos pra manter a rede sustentável, segura e juridicamente defensável.

O BIP-444 marca, portanto, uma transição inevitável: o Bitcoin está deixando de ser um adolescente rebelde e entrando na vida adulta do mercado financeiro global. É o preço da relevância. A manutenção de integridade da blockchain e a proteção jurídica dos operadores não são “censura estatal” — são etapas de consolidação de uma tecnologia que finalmente amadureceu. O código não está sendo domado; está sendo lapidado pra sobreviver num mundo onde bancos centrais, governos e fundos trilionários já participam da mesa.

E o principal detalhe que muitos estão “deixando de fora” da discussão é que a proposta visa um SOFT-FORK TEMPORÁRIO, ou seja É REVERSÍVEL. TEM O INTUITO DE SER AVALIADO E GANHAR TEMPO CONTRA POSSÍVEIS ATAQUES JURÍDICOS A BLOCKCHAIN POIS JÁ FORAM MAPEADOS MATERIAIS ILEGAIS QUE PODEM FERIR A CREDIBILIDADE DA REDE.

Não se esqueçam que a rede agora é “capitaniada” não só pelos DEV, mas por CEOs dos grandes investidores que estão apostando no #BTC institucional.
#BTC não tem CEO! Mas não se esqueçam que as grandes instituições e os pools de mineração SIM!

Dito isto, vamos ao gráfico!

🧩 Price Action e EstruturaPrice Action e Estrutura

O BTC não conseguiu romper a faixa dos 116K, que coincide com a Fibonacci 0.5 da vela de ignição do crash de 10/10 — resistência técnica e psicológica pesada. As duas tentativas frustradas de rompimento nesse nível deixaram pavio superior longo e culminaram na formação de uma Shooting Star ontem, seguida hoje por um candle de confirmação bearish.

Esse movimento reforça a hipótese de que estamos formando um pivô de reversão clássico — o famoso setup 1-2-3 de venda — bem sobre uma resistência importante. A linha de tendência descendente de curto prazo, traçada desde o topo de 122.5K, continua sendo respeitada, e o canal de baixa ainda está ativo, apesar da breve tentativa de recuperação.

O suporte imediato está em 112.6K (Fibo 0.768), onde o preço reagiu por enquanto. Abaixo disso, 111.2K representa o POC do VPVR, o ponto de controle do volume desde o rompimento dos 100K — e esse é o verdadeiro divisor de águas: perder o POC abre espaço para 107.8K e 106.1K, zonas da Fibo 1.141 e 1.272.

O candle atual testou a EMA8 intradiária e ainda se sustenta levemente acima dela, mas o fechamento abaixo da mínima de ontem anularia o momentum comprador dessa última perna de alta. A EMA55 (114.1K) foi rejeitada, atuando como barreira dinâmica de curto prazo — e a EMA233 (em 108K) segue como suporte estrutural, marcando o fundo do canal de reversão, por enquanto.

💰 Volume

A leitura de fluxo mostra um descompasso claro entre preço e volume. O CVD (Cumulative Volume Delta) segue divergente em relação ao price action: enquanto o preço ainda tenta sustentar topos mais altos, o delta permanece negativo, indicando ausência de pressão compradora real — ou seja, as altas recentes foram empurradas por baixa liquidez e não por convicção de fluxo.

O volume comum diário confirma essa leitura: está em declínio e abaixo da média, mostrando que a recuperação de preço recente carece de respaldo transacional. Mesmo com velas verdes pontuais, a atividade de mercado diminui a cada teste de resistência, um padrão típico de redistribuição após impulso.

O Chaikin Money Flow (CMF) reforça o alerta. Apesar de ainda estar acima da linha neutra em alguns frames, o indicador vem apresentando curva descendente consistente, refletindo saída gradual de capital das mãos dos compradores. Essa combinação — CVD negativo, volume decrescente e CMF virando pra baixo — é um conjunto clássico de exaustão de fluxo comprador, o que aumenta o risco de correção mais profunda caso o suporte dos 112.6K seja perdido.

📈 Osciladores

Osciladores

O estocástico KDJ confirma o enfraquecimento do impulso de alta. O eixo J despencou da zona de sobrecompra, forçando o cruzamento das linhas K e D para baixo, num sinal claro de reversão intradiária de momentum. Essa virada dentro da zona de sobrecompra é um padrão de reversão forte — especialmente quando o KDJ vinha esticado como agora.

Ao mesmo tempo, o MACD diário permanece em território negativo, ainda abaixo da linha zero, embora tente um cruzamento bullish. O histograma já reduz o ritmo de perda, mas a inclinação ainda é tímida e vulnerável a inversão caso o preço feche abaixo da EMA8. Essa divergência entre os dois — o KDJ sinalizando perda de força e o MACD tentando virar pra cima — mostra mercado indeciso, sem sincronia entre curto e médio prazo.

No contexto geral, os osciladores indicam alta fragilidade no impulso comprador. A perda da EMA8 ou um fechamento diário abaixo dos 112K confirmaria o pivô de reversão e alinharia os indicadores para uma nova perna de baixa — com alvos prováveis na região dos 108K–106K.

🧱 Suportes e Resistências

Resistências principais:

  • 116.0K – nível crítico, coincide com Fibo 0.5 do crash de 10/10 e topo das últimas duas tentativas frustradas de rompimento.

  • 117.6K – resistência secundária e antiga zona de congestão; topo intermediário antes de 119.5K.

  • 119.5KFibo 0.236 e teto psicológico onde o impulso de outubro perdeu fôlego.

Suportes relevantes:

  • 112.6KFibo 0.768, primeiro suporte e linha de equilíbrio do canal atual.

  • 111.2KPOC do VPVR; região de maior volume negociado desde o rompimento dos 100K.

  • 108.7K – 106.1K – faixas de Fibo 1.141 e 1.272, sustentam a estrutura de retração da pernada de setembro.

  • 104.3K – 101.7K – cluster técnico de suporte macro, onde coincidem Fibo 1.414/1.618 e EMA233.

🧩 Conclusão – o Bitcoin no limite do “Uptober”

O BTC encerra o dia pressionado, sem força pra sustentar o rompimento dos 116K e mostrando clara exaustão de fluxo. O preço está encurralado entre resistência sólida de traders que ficaram presos no flash-crash e estão tentando sair no 0 a 0,  e uma base que começa a ceder — um cenário clássico de redistribuição antes da decisão macro.

Os indicadores confirmam o cansaço. A rejeição dupla em 116K, somada ao KDJ cruzando para baixo na sobrecompra e ao MACD tentando reagir em território negativo, reforça que a recuperação perdeu tração antes mesmo de confirmar reversão de tendência.

E o timing não poderia ser mais simbólico: amanhã, 29/10, o FED anuncia sua decisão sobre a taxa de juros. Mesmo que o consenso aponte manutenção, qualquer sinal de endurecimento no discurso pode travar de vez o apetite por risco — e o BTC, que já vinha tropeçando em resistências técnicas, pode reagir de forma brusca. A volatilidade tende a explodir nas 24h seguintes à coletiva.

Além disso, sexta-feira, 31 de outubro, é fechamento mensal dos contratos do CME — a última sexta do mês, tradicionalmente palco de ajustes pesados de derivativos. O chamado “Uptober”, que prometia alta contínua, pode terminar com hedge funds zerando posições e empurrando o preço pra baixo em busca de liquidez. Se o suporte dos 112K for perdido antes desse vencimento, não seria surpresa ver o mercado testar a faixa dos 108K ainda nesta semana.

Em suma, o Bitcoin entra nos dias finais de outubro em modo de alerta: um ativo que já subiu demais, enfrenta resistências duras e agora encara o peso da agenda macro. Se outubro foi o mês da esperança institucional, o fechamento do CME na “sexta das bruxas” pode ser o teste final — o que vai definir se o “Uptober” termina com festa… ou com o feitiço virando contra o feiticeiro.

E pra você? O Bitcoin BIP444 – O fim ou o recomeço?

 

⚠️ Aviso

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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