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sexta-feira, 14 de novembro de 2025 às 6:53
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Bitcoin: Fechamento Mensal de Agosto:
um mês que deixou marcas profundas

 

Este Fechamento Mensal de Agosto de 2025 foi um capítulo vibrante no mercado de criptomoedas, marcado por reviravoltas que testaram a resiliência de investidores e reforçaram a maturidade do ecossistema. O Bitcoin está fechando o mês com 12,5% aprox abaixo de sua máxima histórica.
Além disso, enfrentou uma ruptura na segunda quinzena, com o ímpeto institucional dando sinais de cautela. O Ethereum, por sua vez, brilhou com força mas também corrigiu 14% em relação a sua ATH.
Os ETFs à vista registraram um fluxo recorde de mais de US$ 1 bilhão em um único dia, 12 de agosto, sustentando entradas robustas até o fim da semana, embora tenham perdido fôlego no fechamento do mês. Já os ETFs de Bitcoin oscilaram intensamente, com saques e aportes alternando em ritmo acelerado, mas com uma recuperação notável entre 25 e 28 de agosto.
No cenário macroeconômico, o discurso cauteloso de Jerome Powell em Jackson Hole, no dia 22, manteve viva a expectativa de cortes nas taxas de juros, mas sem compromissos assumidos. No âmbito técnico, uma interrupção breve nos futuros da Binance, em 29 de agosto, trouxe um lembrete incômodo de que vulnerabilidades tecnológicas ainda persistem, mesmo em um mercado em expansão.
Fechamento Mensal do Bitcoin
Fechamento Mensal do Bitcoin No front regulatório, o mês foi particularmente movimentado. A SEC pôs fim à longa disputa com a Ripple, selando um acordo de US$ 125 milhões que resolveu um entrave significativo. Na Europa, o MiCA avançou com peso: a ESMA publicou atualizações cruciais em 27 de agosto e novas regras contra abuso de mercado no dia 20, consolidando diretrizes para stablecoins, conduta e listagens.
Nos Estados Unidos, debates sobre a padronização de ETFs cripto além de Bitcoin e Ethereum ganharam tração, enquanto rumores e até uma proposta de ETF de memecoin ligado ao nome Trump chamaram atenção. Um artigo do Wall Street Journal também expôs possíveis conflitos de interesse envolvendo a WLFI e a família Trump, reacendendo discussões sobre governança no setor.


Neste mês também, a chamada “ameaça quântica” deixou de ser especulação acadêmica e entrou no vocabulário do mercado. A BlackRock incluiu o risco em seus documentos oficiais, Vitalik Buterin apontou uma probabilidade concreta de que a criptografia atual seja vulnerável ainda nesta década e, em gesto inédito, El Salvador redistribuiu suas reservas de Bitcoin para reduzir a exposição a um eventual ataque. O alerta institucional, o diagnóstico técnico e a ação governamental convergiram, inaugurando um debate que promete marcar o futuro das criptomoedas!

 

Fechamento Mensal do Bitcoin

O Fechamento Mensal de Agosto terminou com o Bitcoin diante de um daqueles pontos de inflexão que só aparecem algumas vezes em cada ciclo. O gráfico mensal mostra com clareza como a linha de tendência de alta dos topos continua sendo uma muralha difícil de romper. Foi assim em 2021, quando tivemos agulhadas acima dessa LTA em busca de novos recordes, mas sem conseguir sustentação. Agora, a cena se repete: o preço chegou a furar essa barreira, mas fechou o mês abaixo, reforçando a ideia de que ainda não há força suficiente para uma quebra estrutural.Fechamento Mensal do Bitcoin

Outro detalhe importante é a curva de suporte que vem sustentando o preço desde 2022. Ela ganhou inclinação quase parabólica nos últimos meses e agora o Bitcoin está justamente na parte mais íngreme dessa curva. Historicamente, quando essa trajetória fica vertical demais, abre-se espaço para um respiro lateral ou até uma correção mais profunda, como já vimos em outros ciclos.

O grande guia continua sendo a régua de Fibonacci traçada no ciclo anterior (do fundo em 3.850 até o topo em 69 mil). Foi ela que delimitou resistências desde então, e agora mostrou mais uma vez a sua força. O preço encostou na extensão de 1.768 em torno dos 119K, mas não conseguiu se firmar lá em cima. O nível-chave imediato é a projeção áurea (1.618) em 109,3K. Se o mercado conseguir segurar esse patamar, abre-se espaço para uma nova pernada de alta. Mas se perder esse nível em fechamento mensal, a narrativa muda, e o BTC pode entrar numa fase de correção mais ampla.

As médias móveis ajudam a entender por que a tendência ainda é considerada forte. A EMA8 e a SMA21 seguem apontadas para cima em ângulo agressivo, mostrando aceleração na trajetória de preços. Esse desenho encontra respaldo no ADX, que marca 42 pontos — um número que, no mensal, reforça a leitura de tendência bem definida.

Já as Bandas de Bollinger estão em processo de abertura, com a linha superior em torno de 122K e a inferior acima de 77K. O indicador de volatilidade (BBWP) mostra expansão depois de uma compressão de 10%, sugerindo que ainda há espaço para movimentos amplos. Estar no terço superior da banda, como agora, significa que a pressão compradora segue presente, mesmo em meio à correção pontual de agosto.

Depois de uma máxima em 124,5K, a vela mensal terminou vermelha, deixando sombra superior longa — sinal de que o mercado testou novos patamares, mas foi rejeitado. Esse tipo de comportamento é comum em zonas de topo local, onde compradores ainda têm força, mas precisam de tempo para acumular antes de qualquer nova arrancada. Aqui, não seria incomum se o preço buscar um apoio na EMA8 em 100K aproximadamente, principalmente depois de 4 velas mensais verdes. Lembrando que Setembro não costuma ser um mês bom para o Bitcoin.Volume e fluxo de capital

Volume e fluxo de capital

O VPVR traçado desde a região dos 69 mil mostra dois suportes claros, acima do POC: um primeiro em torno dos 105K e outro mais robusto próximo aos 96,7K. Esses níveis concentram maior liquidez e, portanto, funcionam como zonas naturais de defesa do preço em caso de correção. São áreas onde historicamente o mercado acumulou posições, o que cria tanto interesse comprador como regiões potenciais de realização.

O CVD (Cumulative Volume Delta) merece atenção: ele mudou de cor para roxo e segue em leve declínio. Essa alteração cromática não é estética — ela sinaliza que o saldo líquido entre ordens agressivas de compra e de venda passou para o campo negativo, indicando predominância vendedora. Em outras palavras, embora as velas mensais ainda mostrem fechamentos positivos, a pressão real de fluxo revela perda de força na compra.

No volume tradicional (as ondas azuis no histograma inferior), observa-se baixa participação em termos mensais, com barras abaixo da média. Isso sugere que os movimentos de preço recentes não vieram acompanhados de grandes aportes, o que enfraquece a sustentabilidade da alta.

O CMF (Chaikin Money Flow), representado pelas barras do primeiro indicador F!72 MktMonitor, confirma essa leitura: são quatro meses consecutivos de queda, em clara divergência com as quatro velas verdes no mesmo período. Essa divergência é preocupante, pois mostra que o preço sobe enquanto o fluxo de capital líquido recua — um sinal clássico de esgotamento. A última vela na cor lilás está ligada ao indicador CVD, reforça o viés bearish, apontando que a pressão compradora já não sustenta o mesmo ritmo.

Indicadores técnicos

O primeiro painel do F!72 Market Monitor mostra os wavetrends esticados na região próxima à sobrecompra, ao mesmo tempo em que o ADX segue em alta. Esse conflito é importante: o ADX confirma que a tendência ainda tem força, mas o posicionamento extremo dos wavetrends sugere que essa força pode estar chegando ao limite. É como acelerar um carro com o tanque já na reserva — o movimento é intenso, mas não necessariamente duradouro.

O KDJ acrescenta um alerta ainda mais forte. A linha J já começou a fazer um bouncing para baixo, sinalizando perda de momentum. Mais grave: estamos diante de um segundo driver de divergência bearish, ou seja, o preço fez topos mais altos, mas o indicador não acompanhou. Vale lembrar que, anteriormente, as linhas K e D haviam feito um bouncing na região de sobrevenda, o que deu início a um rally bullish consistente. Só que, desta vez, a recuperação não teve força suficiente para alcançar a zona de sobrecompra, revertendo antes da metade do caminho. Esse padrão, no mensal, é um recado claro de fraqueza estrutural e costuma anteceder correções mais longas.

O MACD, por sua vez, ainda está em forte ascensão. As médias móveis do indicador se afastam em terreno positivo, e o histograma segue ampliando barras verdes. Esse quadro mostra que, apesar dos sinais de esgotamento nos osciladores, a tendência de fundo ainda é de alta. O MACD no mensal não reverte de uma hora para outra; ele costuma demorar meses para perder momentum. Por isso, a leitura é de que a força estrutural segue presente, mas encontra-se cada vez mais em descompasso com sinais de curto a médio prazo.

 🚨 Em resumo: o volume expõe divergências sérias entre preço e fluxo, enquanto os indicadores apresentam leituras mistas — força direcional confirmada pelo ADX e MACD, mas sinais de exaustão claros nos wavetrends e principalmente no KDJ. Essa combinação aponta para um mercado que ainda mantém sustentação técnica, mas caminha para um ponto de tensão em que a distribuição pode prevalecer sobre a acumulação.

Suportes e Resistências

    • Resistências imediatas:

      • 119K (extensão de Fibo 1.768, região já testada com rejeição)

      • 122K (banda superior de Bollinger Dev2)

      • 133K (banda superior de Bollinger Dev3, teto extremo de volatilidade)

 

    • Suportes críticos:

      • 109,3K (projeção áurea de Fibo 1.618, ponto de inflexão do ciclo atual)

      • 105K (primeiro suporte do VPVR, concentração de liquidez recente)

      • 96,7K (suporte histórico de volume pelo VPVR, base mais sólida)

      • 86,7K (extensão de Fibo 1.272, próximo ao suporte estrutural da curva de alta)

      • 69K (topo anterior do ciclo, último suporte psicológico de longo prazo)


Conclusão

Aqui no Bitcoin: Fechamento Mensal de Agosto vimos que o mês termina em um ponto de máxima tensão. O gráfico mensal mostra que a tendência estrutural segue intacta, com médias móveis e MACD ainda apontando força. No entanto, os sinais de divergência nos indicadores de fluxo (CMF, CVD) e nos osciladores (wavetrends esticados, KDJ revertendo) revelam que o mercado já não tem a mesma sustentação que exibiu no primeiro semestre. Os 109K da projeção áurea são a linha divisória do momento: defendê-la abre espaço para novas tentativas de expansão, enquanto perdê-la em fechamento mensal pode deflagrar um período de lateralização mais longa.

Mas o grande diferencial de agosto não veio apenas dos gráficos. Foi neste mês que a “ameaça quântica” entrou de vez no vocabulário da criptoeconomia. A BlackRock admitiu o risco em documentos oficiais, Vitalik Buterin colocou números sobre a mesa e El Salvador chegou a redistribuir suas reservas de BTC em múltiplas carteiras como precaução. Esse movimento mostra que, além dos desafios técnicos e de fluxo, o mercado começa a se preparar para um debate ainda mais profundo: a resiliência do Bitcoin diante de uma eventual ruptura tecnológica.

Em outras palavras, o BTC está em uma encruzilhada não apenas de preço, mas de história. O suporte imediato em 109K pode definir o rumo dos próximos meses no gráfico. Já a discussão sobre computação quântica inaugura um ciclo de preocupações de longo prazo que acompanhará cada novo topo daqui em diante.

Pra completar, Setembro não costuma ser um bom mês para o Bitcoin.

⚠️ Aviso

 

Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento.
O mercado de cripto é volátil e envolve riscos.
Faça sua própria pesquisa (DYOR) antes de tomar decisões.
Invista com responsabilidade.

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