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UPTOBER Chegou e a semana começou com Ouro e Bitcoin mirando recordes!
Mesmo sob um pano de fundo carregado de incertezas na economia mundial, com o risco de desaceleração global que voltou ao centro do debate, com projeções mais tímidas de crescimento e alertas de instituições como a OCDE sobre o impacto das tarifas e da instabilidade política nos fluxos comerciai, A perspectiva de menor expansão econômica já provoca cautela nos mercados e reforça a busca por ativos que funcionem como reserva de valor, criando um ambiente fértil tanto para o ouro quanto para o Bitcoin.
Nos Estados Unidos, o impasse político em torno do shutdown parcial do governo e a divulgação incompleta de dados econômicos aumentaram a percepção de fragilidade no cenário. Ao mesmo tempo, a inflação ainda pressionada em algumas regiões e os sinais de fraqueza no mercado de trabalho reacenderam apostas em cortes de juros pelo Federal Reserve. Essa combinação enfraqueceu o dólar e abriu espaço para que ativos alternativos ganhassem protagonismo, em especial os metais preciosos e as criptomoedas.
Dentro desse contexto, o ouro se mantém próximo das máximas históricas, consolidando-se como refúgio clássico diante de instabilidade, enquanto o Bitcoin surpreendeu ao romper uma resistência importante, reacendendo expectativas de continuidade do movimento de alta. Bancos como o JPMorgan chegaram a projetar o BTC em direção aos 165.000 dólares até o fim do ano, apoiados na tese de que a moeda digital ainda está subvalorizada em relação ao ouro. O cenário, portanto, mostra um alinhamento raro em que ambos os ativos sobem em paralelo, refletindo a desconfiança crescente com o sistema tradicional e a busca por alternativas sólidas de preservação de valor.
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Ouro: Setembro fecha com vela explosiva
O gráfico mensal do ouro deixa pouco espaço para dúvidas: setembro foi um mês de “lua cheia” no ativo, com uma vela de corpo extenso, rompendo resistências e consolidando uma pernada de força impressionante. O movimento levou o preço até a região dos 3.855 dólares, encostando exatamente na projeção de 1.141 da Fibonacci traçada desde a mínima de dezembro de 2015 — uma referência de dez anos que reforça a relevância desse marco. O POC visível no VPVR, localizado em 3.350 dólares, serviu como plataforma sólida para esse avanço. Agora, com a tendência apontando para cima, o próximo alvo técnico está em torno de 4.150 dólares, correspondente à extensão de 1.272 de Fibo.
Os indicadores confirmam que a força da pernada foi fora da curva. As Wave-Trends coladas em zona de sobrecompra, o ADX rodando acima dos 67 pontos (o que indica tendência extremamente forte), e o Chaikin Money Flow em níveis elevados, sinalizando entrada de fluxo comprador agressivo.
O MACD padrão segue aberto em divergência positiva, refletindo a continuidade do momentum, enquanto o Stoch KDJ segura no topo desde julho de 2024 — ou seja, há mais de um ano o oscilador permanece sobrecomprado sem entregar respiro significativo. Esse tipo de configuração técnica, embora poderosa, também acende o alerta de que estamos diante de uma extensão esticada, que em algum momento pode exigir correção.
Mais do que simples hedge contra inflação e incerteza, o ouro parece estar assumindo um papel ampliado. O interesse crescente em ETFs lastreados em ouro mantém forte demanda institucional, mas há um ingrediente novo: o avanço dos RWAs (Real World Assets) tokenizados, como o XAUT, que permitem negociar ouro em exchanges de criptomoedas. Essa ponte entre o mercado tradicional e o ecossistema cripto amplia a liquidez e a acessibilidade do metal precioso, inserindo-o em dinâmicas de trading que antes estavam restritas ao BTC e a outros tokens digitais. Em suma, o ouro de 2025 não é apenas o ativo físico guardado em cofres ou fundos: é também um ativo on-chain, disputando espaço na mesma arena de fluxos que alimenta o crescimento das criptos — e isso pode estar ajudando a potencializar a demanda nessa nova máxima histórica.
Bitcoin Diário: rompimento sólido a caminho dos 140K
O price action diário do BTC evidencia uma transição clara de consolidação para tendência de alta. O preço trabalhou por semanas dentro de um range lateral entre 105K e 117K, com duas rejeições exatas na faixa dos 117.9K — resistência que funcionou como uma barreira psicológica logo depois da ATH anterior. O rompimento dessa zona não foi tímido: tivemos uma vela de alta expressiva, confirmada por sequência de candles verdes e sustentação acima da EMA8 e da EMA21, que agora funcionam como suportes dinâmicos. Além disso, a expansão das Bandas de Bollinger indica que a compressão acumulada ao longo de setembro deu lugar a uma abertura direcional, com o preço já flertando com a banda superior — sinal típico de força e continuidade.
A leitura estrutural é de que entramos em “terreno livre”. O VPVR mostra um vazio de liquidez acima dos 118K, o que significa que praticamente não há registros históricos de negociação nessa região para segurar o preço. O próximo ponto técnico de parada aparece apenas próximo aos 124.5K, onde a Fibonacci de 1.0 do ciclo marca a projeção imediata. A formação atual lembra um breakout rally, em que a rejeição anterior da resistência cria combustível extra para acelerar o movimento após o rompimento. Isso sugere que o BTC não só retomou sua trajetória de força, como tem alta probabilidade de continuar o movimento até estabelecer uma nova ATH em breve.
Osciladores
Nos indicadores de fluxo e volume, a mensagem é ainda mais clara. O CVD (Cumulative Volume Delta) disparou, mostrando agressividade de compradores no mercado à vista, enquanto o Chaikin Money Flow se mantém positivo e em expansão, reforçando a entrada de capital consistente. Essa diferença é relevante: enquanto o CVD reflete compras diretas em mercado, o CMF mede a pressão acumulada no preço ponderada pelo volume. O fato de ambos caminharem na mesma direção dá validade ao rompimento, sugerindo que não se trata apenas de um “short squeeze” momentâneo, mas de uma entrada real de dinheiro novo.
Nos osciladores de momentum, o quadro também favorece continuidade. O Wave-Trend segue em inclinação positiva e já ultrapassa a linha de equilíbrio, enquanto o MACD está aberto com divergência altista sólida, validando a tendência. O Stoch KDJ permanece esticado na zona de sobrecompra, mas essa condição — ao invés de sinalizar venda imediata — indica persistência da força compradora, já que o ativo consegue se manter “esticado” por longos períodos em tendências fortes. A confluência de todos esses sinais — fluxo comprador agressivo (CVD), entrada institucional gradual (CMF) e momentum técnico robusto (MACD, Wave-Trend, KDJ) — sustenta a probabilidade de que o preço percorra o caminho projetado rumo à região de 139.8K (linha de 1.141 da Fibonacci), confirmando a continuação do ciclo expansivo.
🔐 Suportes e Resistências — BTC
Resistências a observar
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~117.9 K USD — resistência confirmada por VPVR e barreira que já havia sido testada duas vezes como topo local
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~124.5 K USD — projeção da Fibonacci 1.0 do ciclo atual, possível alvo intermediário
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~139.8-140 K USD — nível da Fibonacci 1.141 traçada para o próximo impulso do ciclo, zona de alta atenção
Suportes relevantes
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~117.9 K USD — resistência recém-rompida que agora deve virar suporte pivô
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Entre ~110-115 K USD — faixa de médias móveis (EMA50 e EMA144) ativa como sustentação dinâmica
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~96.7 K USD — suporte profundo marcado pelo VPVR e por regiões de volume denso
🧩 Conclusão & Panorama para a próxima semana
Com o BTC firmando-se claramente acima dos 117.9 K, temos a confirmação técnica de rompimento de uma resistência histórica. O “vazio” de liquidez logo acima (VPVR) indica que o caminho até ~124-125 K pode ser percorrido com relativa fluidez, desde que o fluxo comprador se mantenha. Se esse ramal avançar com vigor, o próximo “checkpoint” natural será o nível ~140 K, correspondente à extensão 1.141 da Fibonacci — e tudo dependerá da sustentação desse ponto pivô e dos volumes que vierem para empurrar.
Para a semana que vem, alguns fatores externos poderão influenciar bastante o curso desse movimento:
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A continuação (ou não) do shutdown nos EUA, que pode atrasar dados-chave como o relatório de emprego e inflação. Se esses indicadores ficarem “em branco”, o mercado ficará ainda mais dependente de sinais indiretos (como ADP e PMIs privados).
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Expectativa crescente por cortes de juros pelo Federal Reserve. Hoje já temos forte aposta de mercado de que um corte será anunciado no final de outubro — se os próximos dados vierem fracos, isso pode reforçar o apetite por ativos de risco como o BTC. Barron’s
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Eventos do ecossistema cripto: no curto prazo já temos conferências importantes e fóruns marcados (ex: 3rd Bitcoin Forum entre 9 e 11 de outubro) Coinpedia Events. Essas reuniões atraem players institucionais e podem gerar anúncios que impactam o sentimento.
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Sentimento de mercado e continuidade de fluxo: se os compradores vacilarem, correções poderão testar a nova zona de suporte em ~117-118 K e as médias móveis abaixo.
Panorama provável da próxima semana:
A tendência é de continuação da alta, com BTC buscando primeiro alvos em torno de 124-125 K, antes de mirar o grande nível de ~140 K. Mas para que isso ocorra de modo saudável, será essencial:
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Que o rompimento dos 117.9 K se segure como suporte
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Que os fluxos continuem favoráveis (CVD, CMF)
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Que os indicadores de momentum ganhem energia adicional
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Que o cenário macro (dados econômicos nos EUA, expectativa de cortes, dólar) colabore
Se surgir surpresa negativa macro (dados muito fortes que afastem cortes, dólar em rali) ou falha no suporte, poderemos ver recuos técnicos testando médias ou faixas entre 110-115 K. Mas até agora o cenário dominante é de bombar pra cima, com o BTC trajando como protagonista de mais um ciclo de força.
⚠️ Aviso
Esta análise é apenas um estudo técnico e não representa recomendação de investimento. |